Está na Terceira uma equipa da “National Geographic Magazine” a fazer uma reportagem sobre Angra. Entre jornalistas e operadores de imagem, ainda as torres sineiras da Sé e da Misericórdia não tinham badalado as oito da manhã, já percorriam o molhe da marina, carregados de equipamento, e algaraviavam entre eles à procura do melhor ângulo e da melhor luminosidade da manhã soberba sobre a baía.Quarenta e oito horas - que se esgotam hoje - parece que é o tempo disponível para que a equipa, de pelo menos nove elementos, faça a reportagem sobre Angra com a qualidade indiscutível a que aquela editora nos tem habituado, ainda por cima com um duplo registo: de reportagem televisiva e de exposição fotográfica que correrá países como a Espanha, Reino Unido e Alemanha.Não sabemos exactamente de quem foi a ideia: se da National Geographic Magazine, se do país, se da Região. Não fazemos a mínima ideia se o trabalho vai ser financiado em todo, em parte, ou em coisa nenhuma pelos cofres nacionais ou açorianos. É das tais situações que pouco importa. Mesmo que seja pago integralmente por nós, vale a pena.Fala-se muito em promoção dos Açores, nos milhões que se gastam, nas taxas elevadas ou reduzidas de retorno. Não pouco ocasionalmente as acções são direccionadas para a publicidade pura na grande comunicação social internacional. É caro e de eficácia duvidosa, se atendermos a que as expectativas do nosso lado são colocadas a um nível muito alto de retorno. Conseguirmos entrar em circuitos de televisão ou de reportagem impressa com o prestígio da “National Geographic Magazine” convenhamos que constitui o tiro certeiro porque, se calhar, com custos muito inferiores (mesmo que fossem iguais!), conseguimos resultados incomparavelmente melhores e mais completos em termos de divulgação dos Açores.
Diário Insular 14/05/2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário