A carreira de tiro, situada na caldeira do Monte Brasil, continua a ser utilizada, quer pelos militares, quer pelo clube de tiro local. Nos dias que correm, e dado o uso que é feito daquela área, começa a engrossar o mal-estar. Não está em causa a segurança da carreira, até porque - dizem-nos - será das mais seguras do país. Basta olhar para a sua localização para se perceber que seja assim. Estará em causa, sim, é a compatibilidade ou não entre uma reserva florestal de recreio (uma parte do Monte sob jurisdição do Governo Regional) e uma carreira de tiro (a caldeira, sob jurisdição militar).O Monte Brasil, como todo o ex-libris de uma qualquer cidade, é dos tais locais imperdíveis de visitar, seja qual for a permanência do visitante entre nós. Não é difícil imaginar a reacção daqueles que nos procuram, precisamente porque lhes “venderam” os Açores como local pacato, pleno de sossego, com a Natureza mesmo ali à mão, sobe ao Monte Brasil, para, envolto em silêncio, olhar a cidade, varrer a costa de Este a Oeste e, de repente, desatam aos tiros.Qual a reacção previsível? O que irão contar da experiência? Que publicidade farão do facto?Falamos sempre dos outros! Mas, e nós, que usamos o Monte Brasil para passeios de comunhão com a natureza, descontracção, preparação física de acordo com os trilhos em que os próprios serviços do Governo Regional tanto cuidado têm posto, continuaremos a merecer festivais de tirinhos?Será que para a prática desportiva ou preparação bélica, não haverá outro local na ilha que reúna requisitos idênticos de segurança e de menos incómodo para os terceirenses e para quem nos visita? Ou é assim..., porque é assim?! Veremos na edição de amanhã o que pensa quem tem responsabilidade directa ou indirecta nesta matéria.
Diário Insular 16 de Maio de 2007
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