Num “ranking” elaborado anualmente pela revista National Geographic Traveler, que distingue as melhores ilhas e arquipélagos de um ponto de vista do turismo sustentável, os Açores garantiram o segundo lugar entre 111 destinos insulares. A Madeira está um pouco abaixo do meio da tabela, na 70ª posição nesta lista em que, com algumas excepções, os destinos estão tanto pior classificados quanto maior o seu desenvolvimento turístico. Com uma classificação encabeçada pelas Ilhas Faroe na Dinamarca, os Açores garantiram a segunda posição nesta lista elaborada por 522 peritos em turismo sustentável, que ordenaram 111 ilhas e arquipélagos de acordo com critérios da sustentabilidade do desenvolvimento turístico, mas também a simpatia das populações, entre outros aspectos. Assim, o topo da lista é preenchido com exemplos de ilhas onde a preservação ambiental tem sido bem sucedida e o desenvolvimento turístico tem sido feito em harmonia com critérios de sustentabilidade. No fim da lista os exemplos são de ilhas onde o desenvolvimento turístico, segundo os critérios dos especialistas envolvidos no “ranking”, terá já tido consequências nefastas em termos de preservação ambiental e onde a autenticidade do seu carácter como destino pode estar em causa. Não é o caso dos Açores, que com 84 pontos em 100 possíveis (menos três que as Faroe), são descritos pela publicação como “um sítio maravilhoso, ambientalmente em boa forma” e com habitantes “muito sofisticados”. Leia-se um excerto das observações da NGT sobre o arquipélago: “Distantes e temperados os Açores permanecem levemente turísticos. O perfil dos turistas é de turistas independentes que ficam em regime de “bed & breakfast”. O ecosistema está em grande forma. As baleias são ainda uma visão comum. A cultura local é forte e vibrante. É comum ser convidado para a casa das pessoas para jantar, ou ser recebido com uma refeição comunal durante um festival.” Quanto à Madeira, (70ª posição, 61 pontos em conjunto com mais seis destinos, entre eles Santorini e as Maldivas) os elogios vão para a natureza da ilha, única, e as críticas vão para a volumetria dos hotéis e para o alastrar de unidades hoteleiras fora do Funchal. No entanto, “a maior parte deste tesouro atlântico parece relativamente imperturbada pelos fluxos turísticos que preenchem a linha de costa junto do Funchal”. Como curiosidade, refira-se que o Top3 é fechado pelas Ilhas Lofoten, na Noruega (82 pontos), a última classificada é St. Thomas, ilha norte americana nas Caraíbas (37 pontos, tal como Ibiza), a boa pontuação da Ilha Grande, no Brasil (71 pontos, 30ª posição), e as classificações de São Tomé e Príncipe (66 pontos, 54ª posição), arquipélago de Bazaruto em Moçambique (65 pontos, 56º) e Cabo Verde (57 pontos, 83º), destinos bastante elogiados apesar de longe do topo da tabela numa lista que aponta aspectos positivos mesmo nos últimos classificados, normalmente referências às zonas antigas de cidades ou à natureza inabitada.
Turisver 05/11/2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário