Donos de bares da zona histórica do Porto aconselharam hoje os seus clientes a redobrarem a atenção para o fenómeno do «drink spiking», que consiste na adição de substâncias psicotrópicas em bebidas para facilitar roubos ou violações.
Em comunicado, a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP) enumera um conjunto de «mandamentos» que devem ser seguidos pelos frequentadores dos estabelecimentos nocturnos na passagem de ano, altura «propícia a algumas euforias e excessos», que «poderão ter consequências nefastas».
Não abandonar o copo em circunstância alguma e não aceitar oferta de bebidas por estranhos, sem verificar quem as serviu, são dois dos «mandamentos» enunciados.
Entre outras recomendações, a ABZHP aconselha também a ter cuidado com os «shots», que «devem ser misturados à frente do cliente e nunca compostos em garrafas sem qualquer tipo de identificação».
Em caso de indisposição, após a ingestão de uma bebida, a ABZHP aconselha a que «não se hesite em chamar uma pessoa de confiança ou um responsável do bar/discoteca» e em recorrer aos hospitais.
As substâncias usadas no «drink spiking» são geralmente inodoras, incolores e insípidas, pelo que as vítimas não as detectam.
Entre os dopantes mais utilizados para o efeito contam-se os sedativos, a droga sintética «ecstasy», o LSD, os antidepressivos e os relaxantes musculares.
A um conjunto de 13 mandamentos directamente relacionados com o «drink spiking», a ABZHP acrescenta um outro alusivo ao consumo de tabaco.
«Evite fumar em espaços proibidos, evite gerar conflitos com os fumadores passivos, evite usar todo e qualquer subterfúgio dentro das áreas proibidas e, já agora, aproveite para deixar de fumar», aconselha a associação.
Diário Digital / Lusa
27-12-2007 10:36:00
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